Nova Lei do Aluguel 2025

O que muda nos contratos, nas garantias e na tributação para locadores e inquilinos.

InfoRealty

12/10/20253 min read

O que muda nos contratos, garantias e tributação para locadores e inquilinos

A Nova Lei do Aluguel, publicada em dezembro de 2025, trouxe mudanças importantes para o mercado imobiliário brasileiro. Se você é proprietário, inquilino, investidor ou atua no setor, entender as novas regras é essencial para evitar problemas, multas, contratos inválidos e até cobranças tributárias inesperadas.

A seguir, você vai ver tudo o que realmente muda e como isso impacta o mercado de locação no Brasil.

Contratos de aluguel passam a ser obrigatoriamente por escrito

A partir da nova legislação, contratos de locação verbais deixam de ter validade jurídica.

Agora, todo contrato precisa ser:

  • Formalizado por escrito

  • Pode ser digital, com assinatura eletrônica válida

  • Deve conter cláusulas obrigatórias, como: valor, prazo, índice de reajuste, responsabilidades de cada parte e modalidade de garantia usada

Essa mudança aumenta a segurança jurídica para locadores e inquilinos e reduz o número de litígios por falta de documentação.

Dupla garantia está proibida

Uma das alterações mais comentadas foi a proibição da chamada dupla garantia, que acontecia quando o locador exigia duas formas de proteção ao mesmo tempo, como:

  • Caução + fiador

  • Fiador + seguro-fiança

  • Seguro-fiança + título de capitalização

A nova lei determina que somente uma modalidade de garantia pode ser exigida por contrato.

Garantias permitidas (apenas 1 por contrato):

  • Caução (depósito)

  • Fiador

  • Seguro-fiança

  • Título de capitalização

Essa regra protege o inquilino e padroniza o mercado.

Nova tributação para quem recebe mais de R$ 240 mil por ano em aluguéis

Outra mudança significativa envolve a tributação.

A partir de 2025, locadores que recebem acima de R$ 240 mil por ano (aprox. R$ 20 mil por mês) passam a se enquadrar em um regime tributário específico sobre renda de aluguel.

O que muda:

  • Aplicação de uma alíquota diferenciada, semelhante ao modelo de alta renda

  • Criação de um “bloco de renda de locação” pela Receita Federal

  • Pessoas físicas com renda elevada de aluguel podem pagar mais imposto do que no IRPF tradicional

Quem deve se preocupar:

  • Proprietários com vários imóveis

  • Investidores que vivem de renda passiva

  • Pessoas físicas que utilizam locação comercial como principal fonte de renda

Em muitos casos, vale estudar a possibilidade de migração para Pessoa Jurídica (PJ), o que pode reduzir a carga tributária.

Impacto no mercado imobiliário em 2025 e 2026

A nova legislação tende a:

  • Aumentar a segurança jurídica

  • Reduzir conflitos por falta de contrato

  • Padronizar garantias

  • Formalizar ainda mais o mercado de locação

  • Elevar a profissionalização de proprietários e investidores

Por outro lado, a nova tributação pode levar muitos investidores a reorganizarem seus modelos de negócio, principalmente os que possuem grande volume de imóveis.

Como proprietários e inquilinos devem agir agora

Se você é proprietário:

  • Atualize contratos antigos para o novo padrão

  • Escolha apenas uma modalidade de garantia

  • Prepare documentos adequadamente para evitar multas

  • Avalie seu faturamento anual e o impacto tributário

Se você é inquilino:

  • Leia e revise seu contrato atual

  • Verifique se está dentro das normas atualizadas

  • Não aceite exigência de dupla garantia

  • Exija contrato por escrito — físico ou digital

Conclusão

A Nova Lei do Aluguel de 2025 traz mais transparência, profissionalismo e segurança jurídica para o mercado imobiliário. Para locadores e investidores, a atenção deve ser redobrada na parte tributária, evitando surpresas no imposto. Para inquilinos, a lei aumenta a proteção e estabelece regras mais claras durante a negociação e vigência do contrato.

Se você atua no setor, esse é o momento ideal para criar novos conteúdos, captar clientes e oferecer consultoria especializada sobre contratos, garantias e planejamento tributário.

Referências